Estava empolgada para fazer duas coisas nessa viagem: a primeira delas era conhecer o Jardim Botânico, que é o ponto turístico mais famoso de Curitiba e a segunda era fazer o passeio de trem de Curitiba a Morretes.
Finalmente, o dia do passeio de trem chegou!
Saímos um pouco atrasadas do hotel e chegando a Rodoferroviária de Curitiba ainda tivemos que andar um monte e perguntar onde ficava a saída do trem para Morretes. Não vi sinalização alguma na estação indicando onde pegar esse trem!
A passagem deve ser comprada com pelo menos 1 mês de antecedência no site oficial da Serra Verde Express. O valor é de R$139 para viajar na classe turística, a mais barata e certamente por isso, a mais procurada e que esgota mais cedo.
Entramos no trem 5 minutos antes da sua partida e percebi que não precisa chegar com a meia hora de antecedência que eles pedem não, mas é bom para fazer tudo com mais tranquilidade.


Achamos o vagão e sentamos. O nosso guia foi o Cassiano. Inicialmente ele começa explicando como é o passeio, por quais lugares vamos passar e a quanto tempo a Serra Verde Express faz esse trajeto de Curitiba a Morretes.


Só que então ele começa a falar as mil coisas que NÃO podemos fazer dentro do trem: não pode tirar a máscara (totalmente compreensível), não pode colocar a cabeça para fora do trem para tirar fotos nem quando ele está parado (essa é a foto que todo turista que faz esse passeio quer tirar), não pode andar pelos vagões, não pode circular enquanto ele está em movimento, ou seja, não pode fazer praticamente nada em uma viagem que dura 4 horas com o trem em uma velocidade máxima de 40 km/h.

Aí ele começa a tirar sarro da nossa cara porque o dia está nublado e com muita neblina. Só deixando claro, que para nós, o pior do passeio não foi o clima, que obviamente, não é culpa da empresa. Já esperávamos que estaria nublado, afinal, olhamos a previsão do tempo um dia antes para ter certeza.

No início do passeio é entregue 1 mapa (foto acima) por assento, caso você esteja sozinho, terá que disputar com a pessoa que dividindo o assento com você para saber quem vai ficar com o mapa. Tipo, é só papel, super barato, porque não ofertar um mapa para cada passageiro? Afinal, todos pagamos igualmente a passagem, que não é barata.
Continuando o relato sobre o guia…
Quando passamos por um dos pontos, que está no mapa, ele fala assim: “o ponto tal está a sua esquerda/direita, mas você não vai conseguir enxergar por causa da neblina hahaha”. Tipo, brincadeira totalmente desnecessária a se fazer com os turistas que estão ali para fazer o tour exatamente para poder contemplar as belezas pelo caminho, mas ele faz tudo ficar ainda pior com essas piadinhas. Sem contar que adora pagar sapo para os turistas e ainda pega um para cristo durante a viagem, no caso, foi uma amiga minha.


Durante o passeio é servido um lanche (fotos abaixo) acompanhado de 1 refrigerante e 1 copinho de água mineral, que estão incluídos na passagem que pagamos, sem direito a repetir!

A ida é extremamente cansativa, não chega nunca, ainda mais com as piadinhas cansativas do guia e o comércio pesado da empresa Serra Verde Express dentro do trem. Você não tem 1 minuto de paz! Não recomendo jamais comprar ida e volta desse passeio.

Finalmente, depois de tanto o guia ver as caras emburradas e insatisfeitas durante o percurso, em uma das paradas que o trem faz pelo caminho, falou assim: “vou ao banheiro e ninguém vai ficar olhando vocês”, tipo assim, podem tirar aquela foto escondida na janela do trem, que ninguém vai proibir vocês. Bizarro!


O trem está parado, não tem nenhum trem vindo no outro trilho. Porque não podemos colocar a cabeça para fora e tirar a foto sem parecer que estamos cometendo um crime? Sério! Tudo errado com esse tratamento que o guia Cassiano dá aos turistas nesse passeio de trem.


Enfim o terror acabou!
Chegamos a Estação Ferroviária de Morretes por volta das 12:30 e encontramos um taxista na pracinha em frente a estação que tem uma Spin e combinamos com ele a volta para Curitiba às 15:30 saindo da mesma pracinha. Ele cobrou R$220 pela viagem para levar nós 5.


Da pracinha, fomos caminhando para o Centro Histórico de Morretes por cerca de 10 minutos, onde ficam os restaurantes mais conhecidos.



Essa parte da cidade é cortada por um rio, o Rio Nhundiaquara, que em época de calor e de cheia, oferta aos turistas o passeio de boia cross. Também vi passeios de barco no rio, com um gondoleiro levando uma família bem ao estilo Veneza.


Sentamos no Restaurante Casarão, que fica na margem direita do rio. É uma boa pedida!


A ideia inicial era de provar o barreado, comida típica dessa região do Paraná, mas gente, não dá não! Só o cheio do barreado me embrulhou o estômago, porque é muito forte. Sabem do que ele é feito? Um ou mais tipos de carne bovina de segunda e magra, como a paleta, a maminha e o patinho, temperados com cebola, alho, toucinho de porco, pimenta-do-reino, louro e cominho e cozida por horas em uma panela de barro até desmanchar. O preparo é misturado à farinha de mandioca (até receber a consistência que dá nome ao prato), e servida com arroz e banana-da-terra fatiada. Juro, não dá vontade de comer. Eu só experimentei e me arrependi!
Então pedimos pratos de carne e de camarão. O restaurante é muito bom. Recomendo!

Antes de ir embora do restaurante, experimentamos a pinga e a balinha de banana, muito famosas na região. Confesso que a balinha é deliciosa, mas a pinga! PQP! hahaha


Em frente ao restaurante tem uma feirinha que vende da balinha e da pinga de banana e foi por ali que eu comprei meu imã de geladeira e trouxe um saco de balinha de banana para casa.


Saindo do centrinho, fomos tirar umas fotos na pracinha central de Morretes, que fica de frente para o rio e para a ponte metálica, cartão postal da cidade.

E o passeio para Morretes é isso! Não tem muito o que fazer na cidade e olha que já estava quase na hora de pegarmos o taxi para voltar para Curitiba. O tempo passou voando!

Voltando para a pracinha em frente a estação de trem, encontramos o taxista e seguimos rumo a Curitiba. Escolhemos voltar pelo caminho que leva até a linda Estrada da Graciosa.




Uma pena o tempo ainda estar ruim e não termos visto toda a beleza que esse caminho proporciona, mas recomendo muito mais o trajeto por ela, do que de trem. Sem contar que pela Estrada da Graciosa o caminho é de cerca de 1 hora e bem menos cansativo. Se você estiver com crianças então, aí que não recomendo mesmo essa viagem de trem, porque se até um adulto fica entediado, imagina uma criança.

Na foto acima, conseguimos notar uma característica da Estrada da Graciosa: onde termina o asfalto e onde começa o paralelepípedo.
Chegamos a Curitiba e seguimos direto para o Café do Viajante. No post sobre Curitiba, tem muito mais de como foram os nossos dias na capital paranaense! Confira tudo clicando AQUI!
.
Quer conferir todos os posts de destinos nacionais do Blog? Clique aqui!
Um comentário