Saímos de Praga no ônibus das 23:59 da empresa alemã FLIXBUS que pegamos na Prague Main Railway Station. A viagem era direta para Budapeste e durou aproximadamente 6:30. Pagamos €20 pela passagem e achei muito prático, rápido e claro, muito barato. Os mesmos trechos de trem estavam custando 4 vezes mais e chegavam praticamente na mesma hora. Por isso, quando forem adquirir as passagens, observem bem o custo x benefício. As passagens para trechos internos na Europa ficam disponíveis nos sites das empresas de ônibus e trem 3 meses antes da sua viagem.
CÂMBIO: €1 = 300 HUF.
MOEDA: a Hungria possui sua própria moeda, o Florim Húngaro (HUF). Trocamos em uma casa de câmbio na rua do hostel. Atenção na hora de pegar o taxi para o aeroporto, pagar em euro é furada. Guarde HUF para isso!
IDIOMA: húngaro.
PERÍODO DA VIAGEM: 24 à 26 de outubro de 2017 – outono.
INTERNET: chip da @easysim4u. Único que pega em mais de 140 países e já chega ao seu destino conectado com internet 4G.
POST >> Quer saber como foram os dias que passamos em Praga, capital da República Tcheca? Clique aqui!
1º dia – LADO PESTE – Basílica Santo Estevão, Parlamento de Budapeste, Memorial Sapatos no Danúbio e Praça dos Heróis:
Chegamos a Budapeste aproximadamente às 06:30 da manhã. Desembarcamos na Budapest Népliget Bus Station, que fica a cerca 15 minutos do local onde ficamos hospedadas. Éramos 4 e pagamos €25 por um taxi até o hostel.
Fizemos todas as reservas das nossas acomodações pelo booking.com, e dessa vez, a escolhida foi o Wombat’s City Hostel Budapest, situado na Kiraly u. 20, com excelente localização. Pagamos €143 por 2 diárias em um quarto para 4 pessoas com banheiro privativo. Esse foi um dos melhores hostels que ficamos hospedadas durante toda a viagem. Conseguimos fazer o check in logo que chegamos, então subimos para dormir um pouco e levantamos quase na hora do almoço. Optamos por almoçar na rua do hostel mesmo, que tem ótimos restaurantes.
Após o almoço, caminhamos cerca de 10 minutos até a nossa primeira parada, a Basílica Santo Estevão (Szent Istvan Bazilika), que é o maior edifício católico de Budapeste, com 96 metros de altura. Seu nome foi dado em homenagem ao primeiro rei e fundador do estado húngaro, que se tornou santo após sua morte. A igreja, cuja conclusão, depois de meio século de obras, ocorreu em 1905, está decorada com peças luxuosas de mármore ou jaspe. Seu interior abriga, além disso, uma das relíquias mais queridas dos húngaros: a mão direita de Santo Estevão. Existe visitação interna e também até a Cúpula. Para saber mais sobre valores e horários, veja no site oficial.

Saindo da Basílica, seguimos para conhecer o cartão postal da cidade, o Parlamento. Da Basílica até o Parlamento caminhamos por mais 15 minutos encantadas com a cidade!
No caminho, passamos por alguns monumentos emblemáticos, como o Memorial da Guerra Soviética (Soviet War Memorial), na Praça Szabadság.

Chegamos ao Parlamento de Budapeste (Országház), local que se reúne a Assembleia Nacional da Hungria, onde 199 membros do Parlamento Húngaro e sua equipe de mais de 600 pessoas trabalham, além dos escritórios do Primeiro Ministro.

Isso significa que, apesar da construção ser gigantesca – se estende por 268 metros paralelos ao Danúbio (maior que o Parlamento de Londres, nessa dimensão), 123 metros de largura e mais 96 metros de altura, fazendo dele, o prédio mais alto da cidade, junto com a Igreja de São Estevão – muito dos 18 mil metros quadrados são ocupados com gente importante trabalhando.

O Parlamento é aquela atração imperdível quando estiver na cidade. É muita beleza!

Existe visitação interna ao Parlamento e pode ser agendada pelo site oficial ou por esse outro site. A visita dura cerca de 40 minutos e quando eu voltar a Budapeste, com certeza farei.

Após o Parlamento, fomos para a nossa próxima parada, os Sapatos no Danúbio (Shoes on the Danube), a apenas 300 metros do Parlamento.

É um memorial ao ar livre às margens do rio Danúbio em homenagem aos judeus húngaros mortos na 2ª Guerra Mundial. Como naquela época os sapatos eram considerados bens de valor, homens, mulheres e crianças eram forçados a retirá-los e logo após, eram mortos com tiros na nuca ou alvejados, seus corpos caíam no rio e eram levados pela correnteza. As vítimas eram assassinadas pelos militantes da Cruz de Flecha, no período de 1944 a 1945.

Até hoje as pessoas colocam velas e flores nos sapatos e fazem orações pelas vítimas, uma forma de prestar homenagem à elas.

Para quem não sabe, a história do povo húngaro é marcada principalmente pela invasão dos nazistas e depois ficando sob o controle da União Soviética, imperando o Regime Comunista por 40 anos. Imaginar tudo que passaram e da maneira que passaram, dói muito. Presenciar o que causou toda a crueldade do ser humano é muito difícil. Esse memorial, em especial, mexeu muito comigo. Fiquei chocada!

Seguimos para o nosso próximo destino, a Praça dos Heróis. Mas, pelo caminho, passamos por outro local importante em termos de guerra, a Casa do Terror, museu que contém exposições relacionadas aos regimes fascistas e comunistas na Hungria do século XX.

Também é um memorial para as vítimas desses regimes, incluindo aqueles detidos, interrogados, torturados ou mortos no prédio.

Na mesma avenida da Casa do Terror, chegamos a Praça dos Heróis, principal praça de Budapeste, que foi erguida em 1896 para celebrar o aniversário do país. Suas estátuas homenageiam os líderes das sete tribos fundadoras da Hungria. É Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2002. Uma pena termos chegado lá a noite. Gostaria de ter conhecido a Praça e o Parque Municipal (Varosliget) de dia.

Após a visita a praça, retornamos ao hostel para jantar e descansar.
2º dia – LADO BUDA – Castelo de Buda, Bastião dos Pescadores e Igreja Matthias:
Se você se hospedar no Wombat’s City Hostel, pode comer a vontade no café da manhã por apenas €3. Com certeza, o lugar mais barato que já tomei café da manhã na Europa, e olha que era super variado. Valeu a pena!
Em seguida, partimos para o lado Buda de Budapeste. Caminhamos cerca de 20 minutos até a famosa Ponte das Correntes (Széchenyi Lánchíd), que corta o rio Danúbio ligando o lado Peste ao lado Buda. Ela possui 375 metros de extensão e foi inaugurada em 1849.

A vista da ponte é incrível! Avistamos vários pontos turísticos de lá… de um lado Castelo de Buda, Bastião dos Pescadores e do outro, o Parlamento.

Depois de atravessar, encontrei a vista mais linda da ponte! Olhem só…

Ao chegarmos ao lado Buda, passamos pela rotatória e seguimos para o funicular que sobe para o Castelo de Buda. Fica 170 metros acima do rio Danúbio. Existe a possibilidade de subir gratuitamente pelas escadas, mas é preciso ânimo e muito esforço para isso. hahaha

O Funicular do Castelo é datado de 1870 e depois de sua parcial destruição, foi reconstruído seguindo fielmente o modelo original. O valor do ticket é de 1.200 HUF (ida) e 1.800 HUF (ida e volta), e o seu horário de funcionamento é de 07:30 às 22:00.

A fila do funicular anda rápido, mas tem pessoas insistindo para vender os tickets rápidos para subir. Não caia nessa! Eles cobram 200 HUF a mais pelo ticket.

Após a subida de cerca de 1 minuto, podemos admirar uma vista incrível do rio Danúbio e do lado Peste da cidade! O lado Buda, para onde subimos, é o local que se concentram as memórias do passado medieval de Budapeste.
Se observarem bem na foto abaixo, no canto direito da foto vemos a Basílica Santo Estevão (cúpula verde) e do lado esquerdo o Parlamento de Budapeste (cúpula marrom). Esses dois pontos turísticos são os mais importantes e mais altos do lado Peste. Também podemos ver abaixo a Ponte das Correntes.

Chegamos ao Castelo de Buda (Budavári Palota), no passado chamado de Palácio Real (Királyi Palota), é o castelo histórico que foi morada dos reis húngaros. Ao longo dos seus 4,72 km², existe um misto de arquitetura impressionante.


Nos dias de hoje, o Castelo não possui mais importância política para o Estado, abrigando somente exposições e museus. Foi considerado em 1987, Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Saindo do Castelo, em frente a entrada dele, está o Escritório do Governo do Estado ou Palácio de Sándor (Sándor Palota), é a residência oficial do Presidente da Hungria, János Áder, e também a sede do Gabinete da Presidência.

Então, seguimos para o Bastião dos Pescadores (Halászbástya – Fisherman’s Bastion), que foi construído para comemorar o milênio do estado húngaro, em 1902.

Ele é um terraço em estilo neogótico e neo-românico com sete torres, que simbolizam as sete tribos que fundaram o estado húngaro. O nome vem da época medieval, pois, havia um mercado de peixe por lá e os pescadores usavam o local para vender seus peixes. A entrada é gratuita!

Na mesma praça do Bastião dos Pescadores, está a Igreja Matthias (Mátyás-templom – Matthias Church). Igreja católica construída entre os anos de 1255 e 1269, fica localizada bem no coração do distrito do Castelo de Buda. Com 80 metros de altura, possui arquitetura gótica e neo-gótica, com uma riqueza de detalhes impressionante!


Na época medieval, era considerada a principal igreja de Budapeste. Tem esse nome em homenagem ao rei Matthias, que casou-se nela duas vezes. Existe visitação interna, confira aqui no site oficial.

Saindo dessa região, descemos o funicular e cruzamos a Ponte das Correntes voltando para o lado Peste da cidade.

Seguimos para conhecer o Mercado Central de Budapeste (Vásárcsarnok). Experimentamos lángos, uma comida típica da Hungria. É uma massa tipo pão, frita em gordura e coberta com queijo ralado e sour cream (nata) – se preferir a versão tradicional. Experimentei essa versão com tomates por cima. Ficou uma delícia!

Mas atenção, o Mercado abre às 06:00 e fecha às 18:00 todos os dias da semana. Aos sábados ele abre às 06:00 e fecha às 15:00 e aos domingos ele está fechado o dia todo.
Aproveitei e comprei mais um imã de souvenir para aumentar minha coleção. Depois retornamos ao hostel para descansar.
No dia seguinte era dia de conhecer a capital da moda, a mundialmente conhecida, Milão – Itália…
POST >> Quer saber como foi a nossa experiência na primeira cidade italiana dessa Eurotrip? Clique aqui para conferir dicas de Milão!
Adorei seus comentários. Estou programando uma viagem para Berlim, Praga, Viena e Budapeste. Berlim e Viena já conheço. Gostaria de saber se vocês contrataram guia de turismo ou se fizeram tudo sozinhos. Fizeram à pé, de metrô, ônibus? Grata, Elizabeth.
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Oi Elizabeth. Tudo bem?
Fizemos tudo sozinhas. Nessas cidades não usamos transporte. Ficamos muito bem localizadas e deu pra fazer tudo a pé!
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