Minha paixão pelo país começou na escola, quando fazia Ensino Fundamental, estudei sobre o Império Inca e descobri que uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno, a cidade perdida dos Incas, conhecida como “Machu Picchu”, também ficava lá.
O primeiro destino dessa viagem pelo Peru, é Lima, a capital do país.
IDIOMA: espanhol.
CÂMBIO: R$1 = $0,90 soles.
MOEDA: nuevo sol (PEN).
PERÍODO DA VIAGEM: 08 à 11 de maio de 2016 – outono.
POST >> Começamos a viagem por Lima, depois de alguns dias seguimos para Cusco e depois, Machu Picchu. Acompanhem abaixo os outros posts dessa viagem incrível:
| CUSCO | MACHU PICCHU |
1º dia – Chegada em Lima:
Era domingo, o aeroporto tinha pouco movimento. Fizemos o check in, despachamos as bagagens e partimos tranquilamente para a sala de embarque. Do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek – Brasília (BSB) saímos logo após o almoço em um voo da cia aérea Azul com destino a Guarulhos, onde pegaríamos o voo até Lima.
Desembarcamos no Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos (GRU) por volta das 16:00 e nosso voo para Lima partia às 19:30. Como Guarulhos possui 3 terminais, tínhamos que nos organizar para fazer tudo com bastante calma. Logo descobrimos que teríamos que cruzar o aeroporto, já que nosso voo era da Latam e chegamos lá de Azul. Chegando ao terminal certo, depois de descer no errado duas vezes. haha
Despachamos nossas bagagens e fomos lanchar, já que a gente nunca sabe a comida que nos espera na aeronave. Comemos na Backet Potato que era bem próxima a nossa área de embarque e fizemos uma horinha.
Partimos para o portão de embarque, passamos pela Polícia Federal e ficamos esperando dar a hora do voo. Partimos para Lima no horário marcado, com voo tranquilo, sem turbulências, em uma aeronave que possuía 3 fileiras de poltronas. Sentamos nas do meio, por sinal, odiei a experiência, pois não sabemos se o avião está perto ou longe de pousar. Só sentimos o baque na aterrissagem.
Desembarcamos em Lima no gigantesco Aeroporto Internacional Jorge Chávez (LIM) e já estava bem tarde, perto das 23:00 no horário de lá (2 horas a menos que no Brasil). Demoramos um pouco para pegar nossas bagagens e fui encontrar a outra amiga que havia chegado de Belo Horizonte em um voo próximo ao horário do que viemos. Chegamos na saída do aeroporto e existia uma chuva de taxistas oferecendo para te levar para o seu hotel. Mas como já havia lido relatos de que isso iria acontecer, pechinchamos bastante e conseguimos um taxista que nos levasse até Miraflores (bairro que ficamos hospedadas). A corrida custou US$35, caro, porém, perto dos preços que os outros estavam oferecendo, era excelente.
Ficamos hospedadas no Soul Mate Inn, hotel modesto, com excelente localização e funcionários, ótimos quartos, banheiros espaçosos e limpos. O café da manhã também era muito bom, porém, não tinha uma variedade muito grande como em outros hotéis que já fiquei, mas digo que era o suficiente. Fomos dormir, porque nosso dia começaria cedo para podermos aproveitar nossos 2 dias em Lima.
2ª dia – Centro Histórico de Lima, Cerro San Cristóbal e Shopping Larcomar:
Comecei o dia com uma péssima surpresa. Às 06:30 da manhã acordei com uma forte cólica de rins. Havia tido uma crise no Brasil na sexta e fui medicada, mas infelizmente na segunda-feira ela voltou com tudo. Tomei remédio, esperei a cólica dar uma trégua e descemos para tomar café. Quando subimos, a cólica ainda estava incomodando bastante, então liguei no 0800 do meu Seguro Viagem, o GTA Seguro. Simplesmente sem sucesso algum. Não me atenderam e também não fizeram questão alguma de me retornar, nunca contratem esse seguro. Mandei um áudio para a agente de viagens da minha cidade que me vendeu o seguro e ela foi dando andamento para ver se conseguia falar com alguém, já que gostaria de saber em qual hospital poderia ir, segundo o seguro, para ter cobertura caso utilizasse serviços médicos. Mas não deixei isso me abalar e seguimos mesmo assim para o Centro Histórico de Lima. Chamamos um taxi na recepção do hotel e pedimos para nos deixar na Plaza de Armas. O percurso durou mais ou menos 30 minutos, no caótico trânsito de Lima. Não sei se o taxista agiu de má fé ou estava com preguiça, mas ele não nos deixou na praça que queríamos ficar, nos deixou na quadra anterior ao que havíamos pedido.
No final da contas, foi até bom, porque conhecemos a Plaza San Martin, dedicada ao libertador de Lima, José de San Martin, que possui um monumento em sua homenagem bem no centro da praça.

Tiramos algumas fotos e seguimos para a Plaza Mayor ou Plaza de Armas, que fica na quadra seguinte. Quando chegamos, ficamos maravilhadas com a Catedral de Lima, o Palácio do Governo, Prefeitura e todos aqueles becos cheios de história.


Demos umas voltas pelos prédios históricos, tiramos fotos e ficamos aguardando a troca de guarda, que acontece ao meio dia, em frente do Palácio do Governo. Apesar do sol escaldante de Lima, valeu demais a pena. É uma atração imperdível para quem visita o Centro Histórico de Lima neste horário.

Após a troca de guarda fomos almoçar, mas não tive apetite, pois, as fortes cólicas ainda me incomodavam. Passei o almoço todo deitada enquanto minhas amigas se deliciavam com pratos típicos em um restaurante que não me recordo o nome, mas era bem próximo ao Parque de la Muralla, que infelizmente estava fechado desde janeiro para restaurações.

Do restaurante partimos para conhecer a Basílica de San Francisco e as Catacumbas do Convento de San Francisco, pagamos cerca de $15 soles para entrar.

Recomendo muito! São dois lugares cheios de histórias e mistérios. Algumas partes não podem ser fotografadas, mas ficaram registradas na memória até hoje. Retornamos à Plaza de Armas e fomos visitar alguns lugares que ficaram faltando…



Vimos umas pessoas oferecendo passeios em um Bus Turístico por $15 soles, mas que não sabíamos ao certo qual destino tomaria, mesmo assim resolvemos arriscar. Depois de muitas voltas na Plaza de Armas, já estávamos certas de que o passeio seria aquele… haha

Até que enfim, o ônibus seguiu viagem e passou por bairros de Lima que certamente muito turistas não iria passariam, pois, não são turísticos.

Foi quando o ônibus começou a entrar nas ruelas de uma espécie de favela e foi subindo. O desespero foi tomando conta de mim e das minhas amigas. Vimos que tinham brasileiras neste bus turístico também, qualquer coisa a gente gritaria. haha

Foi então que descobrimos que o bus estava nos levando para um dos pontos mais altos de Lima, o Cerro San Cristóbal (Sim! Mesmo nome do Cerro de Santiago). Uma vista que valeu o dia, valeu ter me esforçado e levantado da cama mesmo com dor.

As fotos não ficaram as melhores, porque a lente da minha GoPro estava embaçada e eu não percebi, mesmo assim, valeu muito. Pena que ficamos pouco tempo lá em cima e precisávamos descer porque o sol já estava se pondo e eu nem queria imaginar como seria descer aquela favela no escuro. haha

Retornando ao Centro Histórico, vimos como ele fica lindo a noite, com os prédios iluminados. Achei a Plaza de Armas de Lima encantadora!

Pegamos um taxi, em horário de pico e demoramos quase 40 minutos para retornar ao bairro de Miraflores. Pedimos ao taxista nos deixar no Shopping Larcomar, um dos maiores shoppings a céu aberto do mundo.
Demos uma volta para conhecer e escolher algum restaurante para jantarmos. Fiquei encantada como o shopping é lindo, com ótimas lojas e o mais impressionante é sua vista privilegiada, de frente para o Oceano Pacífico. O shopping é lindo tanto de dia, como de noite. Tire um dia para visitar!

Jantamos no Restaurante Popular, que apesar do nome, não tem nada de popular. Paguei mais ou menos R$40 pelo meu prato, mas não me arrependi. Pedi um canelone de presunto e queijo, estava muito gostoso e bem feito.
CURIOSIDADE: a culinária italiana é bem presente no Peru.
Minha cólica enfim passou e pude aproveitar sem dores a visita ao Shopping Larcomar. Voltamos para o nosso hotel para descansar.
3º dia – Huaca Pachamac e Parque del Amor:
Era uma terça-feira e resolvemos tirar este dia para conhecer os Sítios Arqueológicos de Lima. Fomos até o Huaca Pucllana, mas infelizmente nós não demos sorte, pois, estava fechado mesmo tendo pesquisado que ele só estaria fechado na segunda-feira (perrengues de viagem). Foi então que um taxista bem simpático se aproximou e nos ofereceu um passeio até outro Sítio Arqueológico fora de Lima, que ficava aproximadamente a 1 hora do centro. Situava-se no Distrito de Lurín, um dos 43 distritos que formavam a Província de Lima. Para não ter um dia perdido, fomos.
Além do Sítio, ele disse que nos levaria em outros lugares também. Não me lembro do valor que ele cobrou, mas sei que ele “enfiou a faca”, só que não tínhamos outra alternativa. Fomos! haha
Pegamos a parte do litoral peruano ao som de muito reggaeton. Seguimos até o Distrito de Chorillos, onde ele nos apresentou paisagens lindíssimas, como a da foto abaixo, nos altos dos cerros (morros).

Ia fazendo paradas em locais com bonitas vistas e assim foi até chegarmos à Lurín, para conhecer simplesmente um dos sítios arqueológicos mais importantes do Peru, o Santuário Arqueológico de Huaca Pachacamac. O valor da entrada saiu por $10 soles (por pessoa) + $15 soles da guia que nos acompanhou (por grupo, no caso, éramos 3).
O local tem uma ótima infraestrutura, museu riquíssimo em peças e exposições, além de uma excelente parte multimídia. Nós ficamos muito felizes em ter confiado no taxista e em ter tido o privilégio de conhecer aquele local.

Fizemos o passeio uma parte a pé, outra dentro do carro parando em locais que a guia nos daria algumas informações. O Santuário é gigantesco, poderia passar facilmente o dia todo nele, mas o sol estava muito forte para isso.

Além de toda beleza do sítio de Huaca Pachacamac, ele ainda possui vista privilegiada de parte do Oceano Pacífico.

Após a visitação, fomos conhecer outra parte do Museu, passamos pela lojinha de souvenir e voltamos para o carro. Chegamos de volta a Lima perto das 14h. Pedimos ao taxista para nos deixar em um bom restaurante e de fato ele acertou. Almoçamos no Restaurante Punto Azul no bairro de Miraflores. O restaurante é uma espécie de casarão reformado de dois andares, que tem um excelente atendimento e uma comida divina. Pedi um macarrão à carbonara e paguei um preço bem junto, por volta de R$45 com bebidas. Adoramos!
Após o almoço, passamos em uma casa de câmbio próximo ao restaurante e depois fomos direto para a Orla de Miraflores ou, também conhecida como Malecón de Miraflores, para visitar o Parque del Amor.

Um local lindo, ótimo para finais de tarde e admirar o pôr do sol. O Parque fica de frente para o Oceano Pacífico e tem um visual incrível… sem dúvida, foi lá que eu presenciei um dos pores do sol mais bonitos da minha vida.

Existem outras atividades para fazer no Malecón, como saltar de parapente (US$50) e ter a sua frente, uma das vistas mais lindas do mundo, com os paredões do Malecón de um lado e o Oceano Pacífico do outro, ou ainda alugar bicicletas e andar pela orla.

Após o pôr do sol, a iluminação do parque é ligada, dando um contraste especial ao lugar, com o sol se escondendo ao fundo do horizonte.

Retornamos ao hotel para fazer nossas malas e descansar mais cedo, pois, no dia seguinte partiríamos de madrugada para Cusco.
4º dia – Ida de Lima para Cusco:
Nosso voo da cia aérea peruana LCPeru para Cusco era às 06:50 da manhã, então, partimos ainda de madrugada para o Aeroporto de Lima com o check in online realizado para não termos transtornos. Um trânsito infernal até o aeroporto nos fez chegar ao guichê para despachar as bagagens as 06:13 e fomos informados que o despache de bagagens havia encerrado às 06:00, ou seja, estávamos atrasadas 13 minutos. Pedimos, imploramos, quase nos humilhamos para que nos deixassem despachar bagagem e conseguíssemos seguir viagem, mas de nada adiantou…
Para saber como continua essa saga, clique aqui e veja nossa passagem por Cusco e Machu Picchu!