Acho que pouca gente que me acompanha no blog sabe disso, mas dos 18 aos 25 anos fui Secretária Geral no colégio de freiras que estudei a vida inteira aqui em Formosa-GO. Todo ano tinha uma excursão onde levávamos os alunos do colégio para conhecer / visitar os pontos turísticos de Brasília-DF, que fica a menos de 80 km daqui.
A minha paixão por turismo já existia desde essa época dos passeios. Sempre gostei de saber sobre cada curiosidade, cada detalhe, cada local e cada história. Acabei mais tarde, virando “guia” de todos os meus amigos e parentes que vinham me visitar ou faziam uma passagem rápida por Brasília. Faço isso até hoje, e para mim, é uma satisfação enorme!
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Engraçado que notei que não tinha nenhum registro desses momentos, por isso, quando uma amiga minha disse que queria turistar por Brasília, eu não pensei duas vezes para agendar a visita guiada ao Congresso Nacional. A visita que irei relatar abaixo, aconteceu em novembro de 2019, mas como eu tinha muitos posts para publicar no blog ainda, fui deixando para depois. Infelizmente, devido ao covid-19, as visitas estão suspensas, mas este post aqui, é para te deixar curioso para ver o quanto a visita ao nosso Congresso é válida!
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Não sei se todos sabem o que representa de fato o Congresso Nacional. Caso não saibam, vou explicar um pouquinho antes de começar a falar mais sobre a visita guiada:
O Congresso Nacional é o órgão constitucional que exerce, no âmbito federal, as funções do poder legislativo, sejam elas: elaborar/aprovar leis e fiscalizar o Estado brasileiro, bem como administrar e julgar. O Congresso é bicameral, portanto, composto por duas Casas: o Senado Federal e a Câmara dos Deputados. Agora, explicando sobre as duas cúpulas, a menor voltada para baixo abriga o Plenário do Senado e a maior voltada para cima abriga o Plenário da Câmara. Atrás do edifício principal e entre as duas cúpulas se encontram duas torres de 28 andares: uma delas pertence à Câmara e a outra ao Senado.

Agendei um dia antes a visita guiada gratuita pelo site oficial do Congresso Nacional, mas ouvi relatos de que tem pessoas que conseguiram fazer a visita sem agendamento. Eu sou da galera que prefere ser sempre prevenida. haha
INFORMAÇÕES SOBRE A VISITA GUIADA:
Horários de Funcionamento:
O Palácio do Congresso Nacional está aberto à visitação das 08:30 às 17:30, com a saída do primeiro grupo às 09:00. Grupos guiados saem a cada 30 minutos. O acesso é gratuito.
As visitas acontecem às segundas, quintas, sextas-feiras, sábados, domingos e feriados, tendo início às 9h e encerrando às 17:30, com grupos saindo a cada meia hora. Atenção! Às terças e quartas-feiras a visita é fechada. Às quintas-feiras, somente grupos agendados com antecedência são atendidos. Eventualmente as visitas poderão ser suspensas por motivos de segurança.
Às segundas e sextas-feiras basta se apresentar aos balcões de atendimento do Programa Visite o Congresso e aguardar o horário da próxima visita. Visitas em outros idiomas são oferecidas nos seguintes horários:
Inglês: 11:45 e 16:15
Espanhol: 12:15 e 16:45
Francês: 12:45
Libras: 12:15
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Vestimenta:
Não é permitida a entrada de visitante trajando shorts, bermudas, calças Capri ou Corsário, camisetas sem manga e chinelos em dias de trabalho parlamentar, sendo o uso dessas vestimentas liberado aos finais de semana e feriados. Em algumas circunstâncias, como em sessões solenes, ou locais como a Tribuna de Honra do Plenário do Senado ou o Salão Verde da Câmara, é exigido dos homens o uso de terno e gravata. Em caso de dúvida, entre em contato.
Então chegou o dia da visita e lá estávamos nós chegando cerca de 10 minutos atrasadas, só para variar um pouquinho! hahaha
A visita começa pelo Salão Negro, que é acessado pela rampa. Depois que passamos pelos detectores de metais e conseguimos entrar, o grupo já estava na primeira parada, a sala que fica a direita do Salão Negro. Nela encontramos diversas esculturas e murais que foram presentes dados aos presidentes.

Retornando ao Salão Negro, nossa guia ensinou que a principal diferença entre as duas casas é a cor do carpete, o da Câmara de Deputados é verde e o do Senado Federal é azul.
Visitamos primeiro o Salão Verde da Câmara dos Deputados. O local conhecido pelas reportagens na tv, onde muitos jornalistas ficam, tem um mural gigantesco de Athos Bulcão, outro de Di Cavalcanti, além de belíssimas esculturas espalhadas pelo espaço, inclusive uma delas, assinada por Alfredo Ceschiatti.

Só que o que me chamou atenção mesmo, foi um enorme busto de um anjo, igual aos anjos que estão suspensos na Catedral de Brasília. No Salão Verde também encontramos a entrada do Plenário Ulysses Guimarães, que possui uma estátua em homenagem a ele, que foi ex presidente da casa.
Busto do Anjo Entrada do Plenário
Seguimos para conhecer o Plenário da Câmara dos Deputados por cima, uma vez que embaixo estava fechado para visitação. O local estava vazio, mas achei bem interessante a explicação da guia.

O curioso é que não tem cadeira para todos os deputados: são apenas 396 para 513 deputados. Os líderes dos partidos têm prioridade para se sentar e quando as sessões enchem, podemos ver que muitos ficam em pé por esse motivo.

Seguimos para o Salão Azul, já na parte do Senado Federal. Passamos pela Praça das Bandeiras, onde encontramos a bandeira do Brasil, de todos os estados e do Distrito Federal.

Em seguida, passamos pelo Túnel do Tempo, onde tem boa parte da história da casa, contada em ordem cronológica, dos tempos de hoje até a sua fundação em 1824.

Como podem ver, abaixo está a foto que tirei dos atuais senadores do estado de Goiás. Dois desses tiveram meu voto! haha
Atuais senadores de Goiás
A próxima parada foi no lindo Plenário do Senado Federal, achei até mais bonito que o Plenário da Câmara dos Deputados. Como havia dito, todo carpete azul representa o lado do Senado Federal.
O teto é totalmente forrado com cerca de 135 mil plaquinhas metálicas, tudo obra do incrível Athos Bulcão, mas não estão lá somente para “embelezar” o local, elas tem por finalidade melhorar a acústica e a iluminação do plenário.

Outra curiosidade são os desenhos feitos no carpete, que um dia foi feito por um funcionário da casa e todos gostaram. Desde então, ele os mantêm sempre, fazendo apenas retoques periódicos. Também existe um crucifixo na parede, bem em cima do busto de Ruy Barbosa, que foi senador de 1890 a 1921. As cadeiras dos senadores são marcadas ordem alfabética, de acordo com a Unidade da Federação que representa.

O passeio finalizou no Salão Branco ou Chapelaria, que era onde as pessoas guardavam seus chapéus e casacos. Hoje em dia, ninguém mais vai trabalhar de chapéu, mas o nome se manteve e o salão é lindo. A nossa guia sugeriu a visita ao Anexo IV da Câmara dos Deputados, porém, essa parte não é guiada.

Finalizamos a parte guiada do tour, nos despedimos da guia e seguimos para o Anexo IV sem ela.

Só que antes de chegar ao Anexo IV, passamos no Café do Brasil, a cafeteria que fica dentro da Câmara dos Deputados. Todos os funcionários e visitantes podem passar lá e tomar um cafezinho gratuitamente. Esse estava delicioso!

Depois seguimos para o Anexo IV (prédio amarelo paralelo ao Congresso Nacional) cortando por dentro o prédio da Câmara dos Deputados. Passamos por um túnel onde acontecia uma exposição em homenagem ao Dia da Consciência Negra, diversas esteiras até chegar ao elevador que leva até o 10º andar, onde fica o mirante com vista para a Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios. No mesmo andar, também podemos encontrar o Restaurante-Escola SENAC.

A vista dessas janelonas redondas é surreal! O dia estava um pouco nublado e ainda quero voltar em um dia de sol, mas já deu para notar que Brasília não decepciona em nada quando o assunto é beleza.

Congresso Nacional Praça dos Três Poderes
Após a visita ao Anexo IV, finalizamos de fato o tour completo. Foi super válido reviver e conhecer novos lugares. Eu amei e recomendo demais para quem estiver vindo para Brasília-DF.
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